Os solos de Denise Dietrich e Bruna da Matta trazem duas perspectivas sobre a maternidade, partindo das experiências pessoais das atrizes-criadoras:
“Aquele Trem”, dirigido por Erica Montanheiro, é o olhar de Denise como filha; e “Selvageria: o nascimento do outro”, dirigido por Maria Giulia Pinheiro, é o olhar de Bruna como mãe.
Abandono, exaustão, desejo de liberdade, medo. O que se espera de uma menina. O que se exige de uma mãe. O resgate de suas memórias vai reconstruindo o caminho até as mulheres que são hoje.
AQUELE TREM
Espetáculo solo de Denise Dietrich
“As soluções para a infância precisam ser coletivas, porque os sintomas - tenhamos ou não filhos - o são.”
Vera Iaconelli
Aquele Trem é um solo autoficcional da atriz Denise Dietrich, onde ela buscou as lembranças da sua criação, os abusos e a alienação parental. Assuntos quase não falados numa época onde os castigos físicos se justificavam no discurso social e religioso como formas de amor.
“A vida de toda mulher contém, de forma explícita ou implícita, a história de um trauma”
Karen Finley
Como esses traumas nos transformaram em quem somos hoje? O que fazemos com o que fizeram de nós? São questões que permeiam o espetáculo.
SINOPSE
Aquele Trem mostra a menina criada no interior das Gerais, que entre amarelinha, briga de galo e beijo roubado, vê sua meninice ser surrupiada.
Agora esse corpo crescido, manifesta toda a perturbação familiar, os abusos e os abandonos que a memória, por sobrevivência, tentava esconder.
FICHA TÉCNICA
Texto e atuação: Denise Dietrich
Direção: Erica Montanheiro
Direção de Movimento: Bruna Longo
Luz: Gabriele Souza
Operação de Luz: Luciana Silva
Cenografia e Arte: Kleber Montanheiro
Cenotécnico: Evas Carretero
Videoarte: Julia Rufino
Trilha: Erica Montanheiro
Fotos: Marcelle Cerutti
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
SELVAGERIA: O NASCIMENTO DO OUTRO
Espetáculo solo de Bruna da Matta
Doença, acidente, violência: a maternidade inaugura a percepção do mundo como um lugar inóspito, e aguça os sentidos para identificar quem é "dos meus" e quem é "o Outro". A partir da autoficção, Bruna da Matta relaciona sua experiência com a maternidade e o desmascaramento de nossa cultura colonial.
SINOPSE
Uma mãe que, assombrada pelo medo de perder seu filho, isola a si e a seu pequeno em busca da segurança absoluta.
A partir de sua experiência pessoal com a maternidade, a performer investiga as origens desses medos e, no caminho, vê nossa cultura colonial aos poucos sendo revelada.
FICHA TÉCNICA
Dramaturgia, atuação e produção - Bruna da Matta
Direção e dramaturgismo - Maria Giulia Pinheiro
Direção de cena - Dandara Azevedo
Iluminação: Luciana Silva
Preparação de corpo/voz - Natália Nery e Dandara Azevedo
Figurino - Éder Lopes
Videomapping - Vic Von Poser
Sonoplastia: Jo Coutinho
Arte: Vic Moliterno
Fotos: Marcelle Cerutti
Assessoria de Imprensa: Pombo Correio