O que é que falta pra combustão das nossas dores pretas? Numa cidade em brasas de algum canto do Brasil, três elementos encontram Silva, um funcionário fiel, mas cansado da casa de Biedermann. Um dilema se apresenta a partir desse encontro: dessa vez será o fogo ou a fuga?
Por debaixo das estátuas de concreto e mármore, arde uma multidão de histórias esquecidas, de vidas perdidas e uma vontade incessante de revolta. De vez em quando a mistura disso tudo volta trazendo as faíscas de um tempo novo. Silva narra a história de um povo pra quem o fogo fala, dança, ri e transforma o que parece incontornável. Silva é um homem negro funcionário fiel do seu trabalho na casa de Biedermann, fiel porém exausto. Biedermann é uma estátua cravada no meio da história do Brasil. Silva começa a se questionar sobre a imobilidade das coisas, incluindo dele mesmo, numa cidade que, diante dos seus olhos, arde. Esse é o ambiente em que, como que trazidos pelo vento, surgem três elementos: H1, C6 e O8. Os três estão à procura de um elemento novo, um elemento que falta para a combustão total. Entre brincadeiras, jogos, provocações e reflexões, Silva é revirado pelos elementos e começa a se questionar se quer continuar no mesmo lugar ou mudar as regras da situação, Silva então se vê diante de um dilema: dessa vez o fogo ou a fuga?
Livremente inspirado no cruzamento entre o filme "Faça a coisa certa" de Spike Lee e a peça "Biedermann e os incendiários" de Max Frisch, Silva dialoga com e sobre o fogo contido e represado por debaixo das peles pretas e brasis desse país.
Espetáculo: Silva
Coletivo: Os Incendiários
Elenco: Filipe Celestino, Lilian Regina, Romário Oliveira e Vaneza Oliveira
Direção: Nilcéia Vicente e Georgette Fadel
Dramaturgia: Lucas Moura
Direção Musical: Melvin Santana
Criação e produção musical: Melvin Santana e Lucas Melifona
Músicos: Melvin Santana e Lucas Melifona
Preparação Corporal: Cristiano Karnas
Cenário: Julio Docjar
Figurino: Thais Dias
Assistência de Figurino: Carolina Gracindo
Desenho de Luz e operação de luz: Felipe Tchaça
Mídias Digitais: Diego Rodrigues
Artista Gráfico: Basq Anderson
Produção: Corpo Rastreado
Produção de Campo: Jeniffer Rossetti
Assessoria de imprensa: Canal Aberto
Assistência de Produção: Lilian Regina e Romário Oliveira
Duração: 105 minutos
Indicação: 16 anos