“Artistas, sobretudo em condições periféricas e em zonas de risco, têm lutado todo o tempo de suas existências para sobreviver. Fazendo ou não dúzias de concessões – tantas vezes como estratagemas táticos – ou lutando ferozmente contra tantos espantos, cárceres, coerções, patrulhas...
Artistas estão em toda parte. A gente do teatro não é diferente... Saindo da especulação (que, também, faz do ato de viver um processo de
resistência): é preciso sonhar, sim! Mas retornando ao particular, a artistada da Mungunzá, depois desses dez intensos e primeiros anos de criação e
parceria, sem especulação fugidia, mas a sonhar-em-concretude, talvez se possa apreender, posto que manifesta, o que poderá vir dessa gente-
periférico/canjica-oferenda para todos – em um só – Oxalá ”
Trecho retirado do livro
“Mungunzá: Obá! Produção Teatral em Zona de Fronteira”,
autoria de Alexandre Mate